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Mulheres e mães - as leoas da guerra

Ser mulher é um desafio mas somos fortes.

Ser mãe é uma aventura sem retorno, mas nós seguimos e conseguimos.

Ser mulher e mãe durante uma guerra é tornarmo-nos leoas ferozes e [ainda mais] protetoras dos nossos, dispostas a tudo.

Não consigo imaginar de outra forma. Sim, imaginar, porque apenas consigo ver pelas noticias o que se está a passar na Ucrânia, nesta guerra sem sentido. Mas como mulher e mãe, apenas consigo imaginar-me no lugar daquelas valentes mulheres.


Os homens ficaram retidos ao dever de proteger o sue território e todas as mulheres que pretenderem a fazê-lo.

É uma imagem de um povo unido na defesa do que é seu e estão a ser um exemplo para o mundo inteiro que está de olhos nele.


Mas não consigo desligar-me das mães que partiram com os seus filhos.

Podia ser eu com minhas filhas.

A vida decorria normalmente, iam para o emprego, para a escola, faziam compras, faziam plano, tinham sonhos.

No dia seguinte, vêm-se forçados a sair de casa coma roupa do corpo, alguma comida e um simples brinquedo.

Sem saber bem para onde ir. Sem saber o que vão encontrar.

A família é separada e ficam as mães e crianças sozinhas à mercê da bondade alheia e expostas aos perigos que bem conhecemos.

Vulneráveis. Com medo. Cheios de incertezas. Com raiva (alguns) talvez.

O incerto. O fugir da própria casa.


Nisto tudo, tu, mãe de guerra, como seguras o teu coração?

Como controlas o teu medo? A tua falta de certezas?

Como consegues manter o teu filho calmo e seguro?


Só mesmo um coração de mãe, que consegue ter a dureza e firmeza de uma pedra.

Só mesmo um colo de mãe que se transforma em forte e protege os seus rebentos.

Só mesmo um corpo hirto e inquebrável que serve de armadura contra o mal, contra o peito.

Um sistemas de alerta que funciona a mil rotações, 24 sobre 24 horas.

Tu não descansas, para poderes vigiar e proteger o teu filho.

Tu não comes para que o teu filho tenha o que comer.

Tu não choras para que ele não te veja como fraca e sinta que és o seu pilar.


Até quando irá durar esta firmeza?

Eu não sei, mas sei que as mães têm super poderes e tu estás a usá-los melhor do que ninguém neste momento.

Ser mãe dá-nos armas, dá-nos ferramentas que nem pensávamos sequer ter.

Ser mãe desperta em nós o mais belo do sentimento e os mais negro dos instintos se assim tiver de ser.


Para todas as mães ucranianas e não só, mães leoas que neste momento fazem o impossível para manterem os seus filhos seguros fica a minha vénia, fica a minha admiração.

Se tento calçar os vossos sapatos, sinto que desfaleço com a aflição e não é disso que vocês precisam agora.

Quero apenas que não se esqueça a força e a coragem que uma mãe de guerra tem de ter e isso faz dela uma super guerreira.





foto: noticias R7

Foto: Jornal Hoje



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